Viabilidade Econômica Financeira:
Iniciar um novo projeto ou negócio envolve diversas variáveis e riscos. Nesse sentido, é de extrema importância que seja feito um estudo para entender melhor o contexto em que o investimento estará envolvido, entendendo a Viabilidade Econômica. Quanto mais dados forem levantados , menores serão os gastos desnecessários de recursos e tempo.
O estudo de viabilidade econômica e financeira, portanto, é uma maneira de constatar se realmente vale a pena aportar tempo e energia em um determinado investimento. A partir deste estudo, é possível traçar planos de ações baseados em dados para tomada de decisões mais assertivas.
Levantando dados e criando projeções:
O primeiro passo para um estudo de viabilidade econômica financeira é o levantamento dos possíveis gastos que irão impactar o projeto. Nesse sentido, é de extrema importância estudar esses gastos e separá-los em categorias para um entendimento completo do cenário. É possível separar os gastos nas seguintes categorias:
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Custos:
São considerados custos, os gastos relacionados diretamente à produção.
- Custos Fixos: São os gastos relacionados à produção porém que não variam conforme a variação da produção, como por exemplo: aluguel, limpeza e segurança.
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- Custos Variáveis: São gastos relacionados à produção porém que variam conforme a produção, como por exemplo: matéria prima e embalagens.
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Despesas:
São considerados despesas os gastos que não estão diretamente relacionados à produção, como por exemplo: salário de colaboradores e investimentos no marketing.
Após o levantamento e segmentação de todos esses dados, é possível então traçar as necessidades financeiras que o projeto vai demandar.
Em seguida, vem a etapa de projeção de receitas. Nessa etapa, é necessário possuir um bom entendimento do nicho em que o projeto vai estar inserido, assim, é possível utilizar dados quantitativos em conjunto com dados qualitativos a fim de aproximar o máximo a previsão da possível realidade futura.
Como ferramenta nessa etapa pode-se utilizar bancos de dados com séries históricas do comportamento de determinado setor da economia e de determinado público específico, bem como utilizar métodos de análise como a análise P.E.S.T.A.L, que avalia o contexto político, econômico, social, tecnológico, ambiental e legal do projeto.
Com a projeção de gastos e de receitas elaborada para um período de tempo futuro, fica então viável realizar a projeção de fluxo de caixa futuro. Nessa etapa da viabilidade é feito a diferença das projeções de gastos e das receitas.
Dado a imprevisibilidade do futuro, é de suma importância, portanto, traçar possíveis cenários que façam sentido para diferentes realidades. Para uma análise mais coerente traçam-se 3 cenários: pessimista, onde é projetado um aumento nos gastos e uma diminuição das receitas no período das projeções; neutro, onde os parâmetros de receita e gastos não são alterados além do previsto nas projeções feitas; otimista, onde é projetado uma diminuição dos gastos bem como um aumento nas receitas.
Analisando os dados obtidos:
Dados sem uma análise adequada não tem valor algum, são apenas mais informações dentro do mar de conhecimento. Sendo assim, com os dados levantados é importante se atentar e calcular indicadores para obter um prisma holístico da situação.
Alguns dos indicadores que podemos utilizar para gerar uma análise precisa são:
Ponto de equilíbrio contábil (PEC) ou Break-Even:
É o momento em que o projeto consegue se sustentar apenas com suas próprias receitas, ou seja, os gastos se igualam às receitas. É a partir desse ponto em que ele começa a gerar lucro.
Payback:
É o tempo que levará para que o capital investido retorne ao investidor, ou seja, é o momento em que o rendimento acumulado se iguala ao investimento inicial.
Valor presente líquido (VPL):
O VPL é um método onde o investimento inicial somado a todos os fluxos de caixa futuros de um projeto são trazidos para a data atual (valor presente) utilizando uma taxa de desconto.
Rentabilidade:
É o quanto o projeto retorna em um determinado tempo em relação ao que foi investido inicialmente.
Taxa livre de risco:
É a taxa de rentabilidade que possui o menor risco oferecido pelo mercado. Essa taxa pode ser utilizada para comparar com a rentabilidade do projeto. Dependendo do contexto, um exemplo de taxa livre de risco pode até ser considerada a taxa selic do tesouro direto.
Além dos indicadores supracitados, para compreender a questão do risco do projeto é possível ainda por meio de ferramentas como a Análise de Porter – análise onde se estuda o poder de negociação com fornecedores, com clientes, ameaça de substitutos, ameaça de novos entrantes e rivalidade entre os concorrentes – entender a hostilidade do contexto mercadológico em que o projeto está inserido.
Concluindo o estudo e próximos passos
Após o levantamento, projeção, cálculo e comparação de indicadores bem como a utilização das ferramentas mais assertivas para a situação de estudo, é possível entender de maneira assertiva se um projeto, negócio ou investimento realmente vale a pena com embasamento.
Porém, independente do uso dos melhores métodos de estudo de viabilidade econômica financeira, isso não garante que o projeto seja uma opção viável de investimento necessariamente. Nossa consultoria realiza o estudo de viabilidade bem como auxilia diversos negócios a se enquadrarem no contexto mercadológico de maneira assertiva, transformando-os em opções viáveis de investimento. Entre em contato para garantir uma maior assertividade nos dados e nas tomadas de decisões!
Autor: Giancarlo Croppo