Excelência é um hábito, não um ato

Excelência é um Hábito, não um ato

Assim como uma empresa, o corpo humano é uma sequência meticulosamente bem estruturada de processos que ocorrem estrategicamente conforme o cérebro comanda e controla.(Analogamente à direção da empresa). E esses processos tornam-se mais eficiente.

Uma empresa nada mais é do que um conjunto de indivíduos trabalhando em conjunto a fim de um mesmo propósito. Com isso, faz sentido entender como esses indivíduos se comportam.

Falando um pouco sobre hábitos, no livro “O poder do hábito”, Charles Duhigg fala de neurociência e dos fundamentos neurológicos comportamentais humanos. Pode ser utilizado para modelar sua rotina de hábitos e padrões de conduta a partir da aplicação dos conceitos explicitados nos capítulos, impactando diretamente no seu desenvolvimento pessoal e na produtividade da sua empresa.

A autodisciplina é o maior exemplo de liderança

Afinal, como liderar outras pessoas se você não consegue liderar a si mesmo? Muitos sentem que são do jeito que são e que é impossível mudar certas rotinas, mas talvez estejam agindo de forma repetitiva e focando esforços no lugar errado.

Conforme os milhares de anos de evolução da espécie humana, nosso cérebro evoluiu para otimizar a eficiência energética, por conta da escassez de alimento. Com isso, quanto mais fazemos uma certa tarefa de forma repetitiva e mais processual é essa tarefa, mais intrínseca e automática ela se torna para o cérebro, de forma que essa memória não fica mais nas mesmas partes do cérebro que as outras, essa memória “deixa de ser” do hipocampo e “passa a pertencer” aos gânglios basais que é uma parte do cérebro muito mais relacionada à modulação de impulsos nervosos inconscientes. Dessa forma, o cérebro consegue fazer tarefas complexas de forma automática e, com isso, despende menos energia no processo.

Exemplo:

Na primeira vez que aprendemos a dirigir, tudo é muito novo. Muita atenção é despendida para que tudo ocorra de forma certa: colocar o cinto, olhar o retrovisor, apertar os pedais com os pés, soltar o freio de mão, virar o volante e prestar atenção à absolutamente todos os carros e pessoas ao redor. Tudo isso flui de uma forma mais “travada e engessada”, com o tempo essa tarefa passa a ser automática a ponto de um motorista conseguir dirigir, controlar o rádio, marcar reuniões e discutir outras tarefas complexas pelo bluetooth do celular ao mesmo tempo.

Com isso, fica clara a grande dificuldade de lutar contra milhares de anos de evolução para mudar os moldes que estão pré-programados no nosso cérebro, para isso é preciso agir com inteligência na hora de executar a mudança de hábitos. Mas como mudar isso e tornar-se um líder dentro do seu campo?

Os hábitos

Os hábitos são constituídos basicamente de 3 partes principais:

  1. Gatilho (algo que desencadeia uma ação).
  2. Ação (o hábito em si).
  3. Recompensa (um prêmio por ter realizado a ação).

Um hábito não pode ser simplesmente criado ou excluído, apenas trocado por outro, então, como trocar um hábito ruim por um hábito bom?

Vamos a um exemplo: todos os dias, um indivíduo chega em casa à noite faminto, e por estar cansado após um longo dia de trabalho, ele se deita no sofá e pede um lanche de fast food por telefone.

  1. Gatilho: deitar-se ao sofá cansado
  2. Hábito: comer o lanche de fast food
  3. Recompensas:
  • Paladar atrativo com alta carga calórica.
  • Liberação de serotonina e dopamina. (ligados ao prazer e recompensa)
  • Pico de glicemia.
  • Pico de insulina.
  • Sensação de satisfação momentânea.

Essa rotina, a longo prazo, desencadeia uma série de problemas como: hipertensão, aumento da resistência periférica à insulina que pode levar a diabetes e obesidade. Levando a perda de saúde crônica. Essa pessoa vai ser, com o tempo, menos produtiva, menos disposta, mais letárgica e menos autodisciplinada impactando diretamente na parte psicológica.

A mudança de hábito: mapeando processos

Assim como uma empresa mapeia processos para otimizar seus recursos, nós humanos podemos trocar um hábito por outro. O foco deve estar em bloquear ou contornar o gatilho, então, voltando ao exemplo, aquele indivíduo teria que conscientemente não se deitar ao sofá, ir até à cozinha, montar um prato mais saudável, e após isso, deitar-se ao sofá tranquilamente após comer.

Com isso, esse indivíduo, agora, alimenta-se bem, e a longo prazo, “treina” sua disciplina pessoal, é mais disposto, dorme melhor e é mais confiante e produtivo. Uma mudança sutil na rotina que ocasiona um enorme impacto com o passar dos anos.

Em um contexto empresarial, caso queira saber como mapear os processos da sua empresa mas não sabe como e nem por onde começar, basta clicar aqui que nós, a UFABC Jr., fazemos um diagnóstico gratuito para sua empresa.

Hábito Mestre

Os hábitos angulares ou hábitos mestres, modelam e desencadeiam uma série de reações no modo com que as pessoas se organizam e atuam durante o dia. Esses hábitos fazem com que uma sequência de outros hábitos involuntariamente ocorram. Por isso, é essencial que eles estejam alinhados com os propósitos e objetivos de cada um, caso contrário, eles ocasionam uma série de condutas indesejadas.

Exemplo:

Um grande exemplo de hábito angular é o exercício físico, um atleta deve, em tese, programar seu dia para que ele se alimente de forma saudável e para estar bem durante o treino, com isso, o hábito simples de praticar esporte implica num funcionamento completamente diferente do corpo durante a semana.

Toda a parte de oxigenação, mobilização de nutrientes, a soma de anabolismos e catabolismos que chamamos de metabolismo, a capacidade de criação, quebra, transporte e mobilização de tecidos, a produção de hormônios, regulação de humor, diminuição do stress, capacidade cognitiva, memória, visão, disposição e uma infinidade de outros quesitos. Tudo isso fica amplificado e funciona de uma forma mais equilibrada e fluida com a prática de exercícios físicos.

A concentração plasmática de norepinefrina é aumentada até em exercícios leves. A nível central, o exercício físico parece melhorar o humor durante o dia através da restauração dos níveis cerebrais de catecolaminas.

Dessa forma, temos hábitos angulares mais sutis como: arrumar a cama ou tomar um banho de manhã, que geram pequenas sensações de “missão cumprida”. Com isso, desencadeiam uma série de processos no nosso cotidiano que nos tornam inconscientemente mais disciplinados e consequentemente mais produtivos.

Resumindo: Alta Performance

A excelência como hábito pode ser definida como uma rotina de alta performance que tem como base: produtividade e eficiência, saúde mental e física, alimentação balanceada. Além disso, o sono regulado, horários das tarefas organizados e bem definidos durante o dia. O nosso corpo gosta muito de rotina, de horários cadenciados para a auto regulação, ele funciona muito melhor com rotina, mas não devemos confundir rotina com monotonia.

Dessa forma, é evidente a diferença de produtividade e organização. A longo prazo a chance de sucesso nos projetos em que os envolvidos possuem hábitos relacionados à saúde e produtividade. Tornando você, as pessoas próximas a você e a sua empresa mais produtiva.

Autor: Rodrigo Scaffidi Marcantonio

Líder de Outbound Marketing e Gestor de Tráfego

Rodrigo Saffidi - Exelencia é um hábito

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